Diário de sala...

Dia do filme:

Sinopse
Em 1969, após tentar se suicidar, Hunter Adams (Robin Williams) voluntariamente se interna em um sanatório. Ao ajudar outros internos, descobre que deseja ser médico, para poder ajudar as pessoas. Deste modo, sai da instituição e entra na faculdade de medicina. Seus métodos poucos convencionais causam inicialmente espanto, mas aos poucos vai conquistando todos, com exceção do reitor, que quer arrumar um motivo para expulsá-lo, apesar de ele ser o primeiro da turma.

O filme nos faz refletir: Como desejamos nossa prática escolar? Como tratamos o outro? A importancia da valorização do saber científico, do respeito as diferenças. Podemos sim, questionar, contestar, mas desde que estejamos respaldados em alguma teoria, estamos falando aí do respeito ao saber científico, sem ele não temos a vez, não seremos de fato ouvidos, não se dá importancia ao saber popular, mesmo que este seja humano, criativo, uno! Nossos alunos devem ser ouvidos, práticas tradicionais devem ser repensadas, senão mudadas... Despejar conteúdos não é metodologia, compartilhar experiências sim. Não ter medo de fazer diferente, de acreditar nas pessoas, de valorizar o saber sem títulos. É o que eu quero para mim, é o que eu quero para minha sala!!!

Do encontro ao CASAMENTO!!!

Fiz vestibular para um curso que nem sabia pra onde ía, só sabia que cuidaria de crianças e que tinha psicologia nos 4 primeiros semestres, o que já me deixava muito contente! No primeiro semestre já tinha me apaixonado perdidadamente, todas aquelas teorias me deixavam ansiosa pela chegada da prática. Minha sala tinham pessoas maravilhosas, cada qual com características únicas.

É gostoso lembrar das matérias e suas contribuições, e olha que foram muitas e recheiadas de grandes professores, que mais tardes se tornaram amigos: Educação e meio ambiente, quando se falava em meio ambiente o que vinha na mente era uma árvore e mais nada; História da Educação, é cada mentira que os livros didáticos de história contam que "me deu nos nervos" quando descobri o contrário, fomos os pioneiros da Feira de Educação Paulo Freire, o que deu origem ao nosso nome "Turma da Ousadia" - ousados nos debates, nas iniciativas, participativos, criativos, únicos, turma elogiada por todos os professores, irreverentes, companheiros... - éramos Ousados; Introdução a Filosofia, ô matéria que deixou todo mundo confuso, já não sabíamos se cadeira era cadeira mesmo, grandes reflexões fizemos; Introdução a Sociologia, fizemos nosso primeiro portfólio, não foi fácil, todos os assuntos dados no semestre tinham que constar no portfólio em forma de resumo/comentário, o bom era descrever nossa história de vida, foram aulas repletas de debates quentes, de muitas criticas construtivas; Português Instrumental, foi a primeira vez que chorei em sala, minha equipe tinha ficado com a tipologia textual poema e eu fui a escolhida para declamar meu próprio poema, abri o "berreiro" em meio a leitura, quando olhei a sala tava toda chorando, foi ímpar esse momento; Psicologia da Educação, meu prazer, as teorias de Piaget, Vigotysk, Freud, Skinner... (sou fã da linha comportamental, acredito sim na transformação das pessoas e mais ainda de que tudo esta relacionado intimamente com o comportamento); Educação Física, acho que era a mais ativa da sala, cursei as 3 obrigatórias e 3 a mais, porque "Eu me remexo muito, eu me remexo muito" (Madagascar/filme) rsrs, fiz várias modalidades: capoeira(2x), dança, natação, dança do ventre e boxe; Linguística Aplicada a Alfabetização, foi a primeira fez que saímos de fato das 4 paredes da UESB, demos aula a professores, criamos banner, viajamos, um frio na barriga ao ministrar as aulas, foi perfeito; Métodos e Técnicas da Pesquisa, ô matéria que fez a gente passar raiva, confudia mais que ajudava, ouvir a seguinte frase quando falei que estava sem tempo "E para que serve a madrugada?"(autor conhecidíssimo) rsrsrs; Estatística Geral, odiava com todo o meu ser, aulas chatas "retadas", eu já não gostava de matemática, só fez piorar essa situação, a parte boa era que eu filava quase todas na biblioteca; Estrutura e Funcionamento da Educação Básica, fiquei doida foi aí, era tanta verba que a educação recebia e por que cargas d'água não melhorava? me indignava; Antropologia, estudar sobre o homem e sua origem é sem dúvida fantástico; Didática, aprendi muito pouco sobre os assuntos da matéria, até porque quase não foram dados (me fizeram falta esses subsunssores), porém sobre tipos de religiões e vida particular dos docentes tô sabida, era um bate-papo "legal" na aula; Realidade Brasileira, foi um mangue começamos com uma professora e graças a Deus acabamos a matéria com um professor rsrs; Educação Sexual, dúvidas e mais dúvidas e tabus foram discutidos; Ciência Política, bons debates, leituras instigantes e acirramentos políticos; Inglês Intrumental, confeço que não me motivava muito; Educação Infantil, minhas participações em projetos como Brinquedista na creche Casinha do Sol me deram um contato com a organização e funcionamento de uma creche, bem como sua verdadeira função; Educação de Jovens e Adultos, participei de um projeto no qual fui dar aula no presídio como alfabetizadora, área do semi-aberto feminino, minha sala lotava, foi uma experiência única, noivei de fato com Pedagogia; Metodologia da Alfabetização, as fases do desenho me encantaram, aulas prazerosas tivemos; Currículos e Programas, aulas de muitas discussões em todos os sentidos, porém enriquecedoras; Cont. Met. do Ens. Fund. de História, enorme o nome, tive que "pescar" aqui, foi a nossa viagem ao Brasil, literalmente, visitamos cidades do recôncavo baiano, aprendemos metodologias de ensino muito significativas; Pratica da Pesquisa Educacional, uma verdadeira dor de cabeça, o que escolher para tema de monografia? e orientador? vai ter que mudar o tema? correção de novo? ta bom? não ta bom?; São muitas matérias todas contrubuíram de forma bastante peculiar... Avaliação da Aprendizagem, Cont. Met. do Ens. Fund. de Língua Portuguesa, de Ciências, de matemática, de geografia (viagens, dinâmicas, seminários, como palestrar, posturas), ética (boas reflexões), estágio supervisonado/educação infantil (verdadeira prova de fogo, aí sim tem "pano pra manga")... e agora Educação Especial, Elaboração de trabalho monográfico e Estágio/ ensino fundamental que serão também disciplinas essenciais para o aprimoramento do meu curso.

Lembrei de muita coisa que pensei ter esquecido, foi importante essa reflexão, vontade de escrever muito mais... cada momento na UESB foi ímpar, cada semestre, cada calourada esportiva, cada palestra, cada debate, cada liderança de sala, cada evento acadêmico deixou marcas para uma vida inteira. Tive momentos difíceis, vontade de trancar o curso, chateações, sempre fui muito contestadora (uma das minhas caracteristicas marcantes) acho que essa postura me ajuda/ajudou a realizar mudanças, a quebrar tabus, ao conhecimento, porém criaram muitos conflitos, fiz muitos amigos em sala e na Universidade/em outros cursos, alguns que levarei para vida toda... saio com um pesar desse curso, pra ser sincera não vejo a hora de me formar, vejo a turma como menos Ousada que antes, mais ríspida, agressiva, cansada, desunida, num estado de suportar o outro e não de entender o outro e de respeitar o outro. O bom é saber que estou saindo casada com a Pedagogia, casada com a sede de conhecimento, casada com a mudança, casada com o prazer de ensinar, casada em respeitar os mais diversos tipos de saber... seria legal se o curso tivesse o 9° semestre, é só uma idéia, mas ajudaria muito o graduando, pois esse semestre seria só para a regência: os dois primeiros meses seria de reflexões a cerca do estagio e elaboração do projeto, mais dois para o estágio e dois (que na verdade é um) para a entrega e orientação do relatório. Eu experimentaria tudo outra vez!!!

"Não considere nenhuma prática como imutável. Mude e esteja pronto a mudar novamente. Não aceite verdade eterna. Experimente." (Skinner, 1969, p.viii)

Quem sou EU???

Sou uma pessoa chatinha, linda, amiga, trabalhadora, emotiva, alegre, organizada (demais), meiga, carinhosa, misteriosa, brincalhona, inteligente, “modesta”, detalhista, tagarela, sapeca, mas tem um detalhe, quando estou na TPM “sai de baixo” fico nervosa e com um mau humor daqueles! Também gosto de cozinhar. Meus hobbys prediletos são: escutar música, dançar, conversar com meus amigos e fazer poesias, nelas consigo colocar todos os meus sentimentos de uma forma implícita e muito peculiar. A capoeira pra mim é o melhor esporte, sou uma praticante que vibro só em escutar, de longe, o som do berimbau, adoro dançar o maculelê e o samba de roda.

Minha religião é a católica, gosto de assistir as missas pela manhã de preferência no Convento, aos domingos. Quando me perguntam qual o tipo de música que gosto, respondo que são todos, pois de cada um retiro uma melodia, um toque, uma dança ou uma letra legal. Quase que esquecia de um detalhe “muito” importante, sou uma baixinha, de 1,57m, costumo dizer que ser baixinha é um charme. Uma parte do corpo que eu mais gosto são os meus olhos, castanhos claros.

A fazenda é o lugar que mais me atrai, é lá que me sinto renovada, completamente feliz, gosto de lidar com vacas, animais em geral; adoro o cheiro de lá, principalmente quando chove; acho lindo admirar o barulho das gotas de chuva caindo no telhado, o sol se pondo e o voar dos pássaros; escalar as serras nas férias com meus primos é uma das atividades mais divertidas; capinar; acordar cedo; tirar leite de vaca; plantar; tomar banho na barragem e nos rios; colher frutas; subir em árvores; fazer trilhas; sair correndo das vacas que “dão carreiras”; pescar; pegar girinos; cantar ao redor da fogueira e dançar forró (eu amo); contar e escutar “causos”; procurar ninho de galinha e de cocá (galinha da angola); comer aimpim com carne assada, ovos de galinha caipira, beiju e biscoitos de goma; montar a cavalo sentindo aquela sensação de liberdade que o vento traz quando levanta o cabelo... Ah! São tantas as coisas que eu adoro na fazenda!

Tive períodos difíceis na minha vida, como a morte de entes queridos, e períodos cruciais, mas muito construtivos para minha vida, que foi a ida para Salvador em 1999, tive que me adaptar a cidade e conviver com a saudade que sentia dos meus pais. Estudei em dois colégios em Salvador, o segundo e último foi o que mais gostei, Diplomata. Em pouco tempo já tinha me adaptado à cidade, feito muitos amigos e conhecido vários lugares.

Jequié é minha paixão, adoro essa cidade, apesar de perceber que os anos passam e ela se não modifica muito! Vai ver é isso que me atrai, esse fato de ser cidade do Interior, cheia de tradições, valores, costumes... porém precisa de um crescimento! Foi aqui que comecei minha vida escolar, lembro o nome da minha primeira escola, da minha professora da prontidão, sempre fui uma aluna estudiosa, de boas notas, não gostava muito de brincar com meninas (achava que eram chatas), gostava mesmo de conversar com os meninos, apesar de bater neles. As professoras eram minha paixão, sempre dedicadas, eu escrevia cartinhas, oferecia minha merenda, amarravam meu cadaço...

Naquele tempo não me preocupava qual era a concepção de educação que norteava a pratica escolar, mas lembro-me perfeitamente das caligrafias que fazia (eram textos de cantigas, amava), das tarefas de seguir os pontos, das apresentações principalmente do dia so sertão, pois meu poema foi escolhido para enviar no convite para os pais, fiquei muito alegre, mas triste, porque tinham me escolhido para lê-lo na abertura para os pais. Eu era tímida demais, não suportava o fato de está sozinha no palco declamando ainda mais para os pais, na peça do sertão escolhi ser o cacto justamente porque quase ninguem notava a presença dele e ele só tinha uma fala. Foi uma pequena superação ler (corrido e gaguejando, quase chorando de vergonha) o poema e fazer a peça, afinal eu tinham medo só nao sabia de que, geralmente antes das apresentações eu chorava para não apresentar e conseguia, as professoras ficavam com pena e me tiravam, mas me davam muita força quando eu não desistia, para mim nos ensaios todos estavam rindo de mim e os pais também iriam fazer o mesmo, não confiava no que eu estava fazendo. A timidez por muito tempo me travou, me fez chorar, me fez recuar, me fez parar... acho que comecei a deixa-la de lado na 5ª série, porém na 7ª que consegui superá-la. Hoje ninguém imagina que a TAGARELA aqui um dia já foi tímida, de se esconder para não apresentar!

MiNhA sInGeLA e BeLa OrIgEm!!

Nasce na Cidade Sol, na Clínica e Maternidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no dia 1 de outubro de 1986, aproximadamente as 12h30, em um dia ensolarado, uma menininha linda do olhos castanhos claros, Tainã. Seus pais se chamam Otonio (meu Véi) e Núbia (minha Véa); seu irmão, Neto (Chucky); Possui muitos tios, dos quais alguns que ela ama muito, tio Osiel (Tio Osiba) e sua esposa Fátima (tios paternos) e Solange, já falecida (tia materna); muitos primos, entre eles Ludimila (Lú), Gabriela (Branca), Lara ( Negona), Leonardo (Leo); e seus avós paternos, Otonio e Geni (já falecidos), e maternos, Olímpio, Luzia (já falecida) e Carmélia; Teve uma infância feliz.. de muitos cuidados, brincadeiras, reuniões familiares, papai noel, fogos no São João, férias na fazenda, catapora, pega-pega...

Existem pessoas que amamos eternamente, que nos guiam, nos dão colo, nos contam histórias, nos protegem... me refiro aos meus Pais, a quem devo tudo e agradeço sempre a Deus por ter esses anjos em minha vida!!! Com Eles aprendi o verdadeiro valor das palavras carinho, cuidado, honestidade e humildade. Fui criada com muito cuidado e amor, digo sempre que meus pilares são: Deus e minha família! Posso está triste ou alegre, Eles sempres sabem, parecem ter uma bolinha de cristal. As vezes quando faço algo que vai de encontro as suas opiniões, é uma confusão, porém se eu não der certo nessa minha escolha, sei que posso contar com eles, vão dizer "eu te avisei", mas também irão me dar conforto, consolo e proteção! E ai de quem magoar a filhinha deles aqui, pode se preparar, pais são como leões em defesa de sua cria! São meus verdadeiros heróis, não dormem enquanto não digo que cheguei, se preocupam, ligam sempre, confiam em mim, admiram minha personalidade, incentivam-me, cuidam de mim mesmo estando longe, oferecem o colo, conversam, dão puxões de orelha, resenham, brincam... Se Eles estão bem, eu também estou, minha alegria é ver o sorriso Deles.

AMO E ME ORGULHO DE VOCÊS MEUS PAIS, OBRIGADA!!!